quinta-feira, 5 de maio de 2011

Compartilhando...

O Caminho que percorremos na vida, nem sempre – ou quase nunca – é como planejamos, quando iniciei o não letivo meus planos eram ser a melhor professora que eu pudesse, melhor do que já fui no passado, me superar como profissional, oferecer tudo o que eu tivesse de melhor pras minhas turmas deste ano.
Iniciei o ano apaixonada, o que me deixou muito feliz, pois por um tempo (pouco, mas que pareceu uma eternidade) eu senti essa paixão escapar por entre os dedos e a sensação de não ser completamente apaixonada pelo que faz me era desconhecida até então, e confesso que não gostei dela. Voltar a sentir essa paixão, acreditar que meu trabalho pode fazer a diferença me faz sentir viva e feliz, pois não sou professora por falta de opção, foi minha escolha, dentre tantas opções que tinha e ainda tenho, foi o que escolhi, e é o que continuo escolhendo, e o faço por acreditar, acreditar que esse ofício, que eu, posso fazer a diferença na vida dessas crianças a mim confiadas, na vida dessas famílias, direta, ou indiretamente ligadas a mim.
Lidar com expectativas não correspondidas é uma coisa que aprendi a com facilidade na vida docente, uma vez que sempre idealizo como será o trabalho com a turma, as reuniões de pais, o rendimento dos alunos, a aula preparada com tanto carinho e, de repente, nada sai como planejamos, às vezes melhor, às vezes pior, às vezes só diferente, mas aprendemos com essa diferença, crescemos com ela, reavaliamos as expectativas, reajustamos as coisas e mudamos a rota pra fazer as coisas funcionarem bem COM O QUE TEMOS, é mais ou menos assim que funciona...
Mas na vida pessoal, nem sempre foi tão fácil reajustar as coisas como na sala de aula... Até porque, sempre me cobrei muito mais do que cobro meus alunos. Mas tenho aprendido isso com as surpresas da vida. Muito mais nos últimos meses do que em toda a minha vida...
Aqui estou eu, contrariando a todos os meus planos e mais uma vez, afastada por motivos médicos. Pensei várias vezes em postar ou não algo sobre isso aqui, mas acho que se a proposta era compartilhar, vocês merecem uma satisfação da minha ausência, e da ausência de atualizações por aqui.
No início deste ano tive o diagnóstico de um tumor na tireóide e a notícia de que precisaria de uma cirurgia. Conversando com o médico, ele me disse que PROVÁVELMENTE teria 15 dias de afastamento. Me preparei então para os tais 15 dias. No dia 01/04/2011 fiz a cirurgia, e contrariando o planejamento e as expectativas, precisei de mais dias de afastamento. Não me preparei pra isso, tive que aprender, a duras penas, ajustar minhas expectativas.
Desde o dia 01/04 tenho tido uma sucessão de imprevistos com os quais tenho que lidar, me adaptar, me ajustar, então, tenho trazido pra vida pessoal o que a muito já aprendi na vida profissional, ajustar minhas expectativas e lidar com o que tenho.
Os tais 15 dias se transformaram em 78 e disse a médica para que eu me preparasse pois era possível que isso fosse só o início...
É isso, não sei se volto, ou quando volto, mas até onde fiquei, gostaria de agradecer a todos pela confiança depositada em mim e em meu trabalho, que continua sendo feito com maestria pelas professoras Luciane e Ana Cláudia que me substituíram, em conjunto com as professoras Liliane, Hélia e Luciane Cristina com quem dividi as classes.
Agradeço aos colegas, amigos, pais e alunos pelo carinho que tenho recebido de todos.
Até breve!

Um comentário:

  1. Fico tão grata a vida de saber que existem pessoas como vc, com essa vontade louca de transformar o mundo, de colocar ideias inovadoras e incríveis no lugar de velhas práticas, com esse olhar tão esperançoso e tão apaixonado pela nossa profissão...sabe Rezinha, Paulo Freire diz que ensinar exige esperança, mas ao longo da vida, a gente aprende que VIVER exige esperança!!!
    Parabéns por ser tão especial.
    Bjos no coração!!!

    Regiane Landim

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